Testemunho - Guida

Foi no âmbito da minha licenciatura que tive o primeiro contacto com a meditação.

Foi no âmbito da minha licenciatura que tive o primeiro contacto com técnicas de relaxamento. Enquanto terapeuta, apliquei-as em diversos contextos clínicos, desde quadros de ansiedade a dificuldades graves na escrita, com adultos e crianças. Perante os benefícios destas técnicas quer a nível profissional, quer a nível pessoal, foi crescendo a vontade (e a necessidade) de aprofundar os meus saberes, mas também de os praticar. Fiz então várias formações e passei por diferentes práticas.

Em 2015 tive contacto com a Meditação Chan. Depois de algumas sessões de prática, senti que seria importante receber os ensinamentos do Mestre YongHua e, desafiada pelo Miguel, voei para o Templo Lu Mountain em Los Angeles, por forma a participar no retiro Chan Qi.

Apesar das dificuldades sentidas (horários e prática intensiva, dores nas pernas devido à postura de lótus, …)

O Chan Qi foi das experiências mais enriquecedoras e significativas da minha vida! Com as práticas sucessivas de meditação (num dia, entre as 3 da manhã à meia noite é possível fazer 14 períodos de meditação de uma hora e assistir a duas horas de palestra), o tempo começa a ser sentido de outra maneira. O propósito de cada dia é participar o mais possível nas sessões de meditação (i.e., aumentando o tempo e o número de sessões). Comemos, descansamos nas pausas, conversamos e retomamos. O objetivo é conseguir sempre mais e superar as dificuldades que vamos encontrando (impaciência, dores nas pernas, cansaço, pensamentos). É entre o silêncio e a dor nas pernas que nos confrontamos connosco mesmos e que o pensamento vai aprendendo a acalmar. Não é fácil, nem agradável.

A sensação de tranquilidade e leveza vem com a prática e a perseverança e a pouco e pouco começa a estender-se ao dia a dia. Por outro lado, a possibilidade de assistir às palestras do Mestre YongHua, de lhe colocar questões e expor dificuldades é uma oportunidade excecional para melhorarmos não só a capacidade de meditação, mas também a aplicação do Chan às interações quotidianas. De facto, sinto que a prática de meditação Chan me trouxe muitos benefícios ao nível pessoal (saúde, bem estar, relações interpessoais) e profissional.

Voltei ao Templo em maio de 2016, altura em que a vinda do Mestre YongHua a Portugal se começou a formular.