Há cerca de 10 anos ouvi falar sobre meditação e interessei-me pelo assunto. Após pesquisar pude constatar que havia alguma informação disponível, e várias vertentes da prática. Posteriormente, falei com uma tia que meditava regularmente, e ela falou-me dos seus benefícios e orientou-me: Acendia uma vela, incenso, colocava uma música que relaxava e sentava-me no chão com as pernas cruzadas durante cerca de 15, 20 minutos. Fui meditando da maneira que ela me ensinou e quando o fazia ficava mais calmo, gostava dos resultados. Tive também a oportunidade de fazer meditação quando estive pela primeira vez em Goa, em 2010. Nessa altura presenciei uma abordagem diferente da meditação.
Os anos passaram e a minha meditação nunca era regular, por vezes meditava 15m/dia durante dias seguidos, até semanas e depois interrompia e recomeçava de novo.
Um dia o Miguel convidou-me para ir a uma aula dele de Kung Fu, e Chi Kong. Ao falar-lhe acerca da minha prática de meditação, que nessa altura já começava a ser mais regular, ele respondeu que não sabia como fazer mas que gostava de perceber melhor acerca do assunto… e ficamos por ali. Passado alguns meses fui ter com ele para bebermos um café, e contou-me que foi a um retiro num templo de meditação em Los Angeles (Janeiro de 2014).
Continuamos a meditar separadamente, até que em Setembro de 2014 comecei a juntar-me a ele para praticarmos em conjunto. Devo confessar que nos primeiros tempos custou-me a habituar ao Chan. Era muito diferente de tudo o que tinha lido e experimentado sobre meditação ( não meditar por mais de 1h, não meditar após as refeições, parar quando tivesse dores ou dormência…)
Aproximava-se mais um Chan Qi, e o Miguel convidou para ir com ele ao templo, mas não fui. Aceitei em Dezembro de 2015 e juntamente com o David e a Guida, fizemos o retiro durante 7 dias. Dizer que a experiência foi enriquecedora é pouco. No terceiro dia consegui fazer pela primeira vez a posição de lótus e embora me tenha aguentado apenas por alguns segundos nessa posição, senti logo que era muito benéfica para o corpo e mente.
O convívio com o mestre, monges e outros praticantes foi muito agradável, uma experiência que tenciono repetir assim que possível.
Neste momento a minha prática é regular, o não acontecia antes de ter sido apresentado ao Chan, e os resultados que noto no dia a dia são muitos: aumento de concentração, foco, discernimento, resiliência e principalmente na saúde, quer física e mental.
Temos um grupo aberto de pessoas que já se tornaram amigas, e que praticam regularmente todos os sábados. Meditar em conjunto é um excelente estimulante para a troca de experiências e continuação da prática.
É bom poder partilhar com outras pessoas os benefícios da meditação Chan, e já tive a oportunidade de o fazer algumas vezes.